Duas semanas Depois
(ALANA)
A floresta parecia respirar conosco. A trilha que levava de volta à casa de Ozil estava envolta em sombras suaves, o céu tingido por uma lua escura, quase carmesim. O silêncio entre nós já não era desconfortável — era tensão acumulada, quente, pulsante.
Eu andava ao lado dele, o coração descompassado, e a lembrança da última noite invadia minha pele como faíscas que ardiam nos poros. Cada passo era como um convite. Um chamado silencioso que pairava entre os nossos corpos. Ozil parou de repente, segurando meu braço.
— Está tudo bem? — perguntei, a voz baixa, mas embebida de desejo.
Ele não respondeu. Apenas me puxou com firmeza pela cintura, encostando meu corpo ao dele. Nossos olhos se encontraram por um instante. Um segundo longo o bastante para incendiar qualquer hesitação.
Então me beijou.
Não foi um beijo gentil. Foi faminto, bruto, possessivo. Seus lábios devoravam os meus com uma urgência feroz. Sua língua invadiu minha boca com domínio