Knox já estava na metade da escada quando eu consegui entrar no prédio. Ele subia os degraus dois de cada vez. Eu o segui, acelerando o passo.
No próximo patamar, ele tirou o celular do bolso, deslizou o dedo pela tela rapidamente e encostou o aparelho na orelha.
Ele não falou muito. Só algumas palavras secas. Algo sobre um guincho. O nome Aaron.
Eu nem precisava ouvir o resto pra saber do que se tratava.
Ele desligou bem na hora em que cheguei no nosso andar e ficou parado na porta do apartamento, os ombros subindo e descendo rápido, como se a adrenalina ainda não tivesse passado.
Quando parei ao lado dele, reparei nos nós dos dedos. Estavam vermelhos e esfolados, sangue se juntando nas dobras. Aquilo me embrulhou o estômago.
— Você tá com a chave? — Ele perguntou.
— Deixei lá dentro.
— Você devia sempre carregar. Ou vai acabar trancando pra fora.
Ele enfiou a mão no bolso de trás, pegou um cartão e encostou na fechadura. A porta destravou com um clique. Pelo menos agora eu sabia como