SLOANE
Eu saí correndo do banheiro com a toalha grudada no corpo, o coração disparado enquanto olhava as horas no meu celular. Merda.
Eu tinha ficado tempo demais longe do escritório.
Muito, muito tempo.
Mais cedo ou mais tarde, a Harper — a supervisora que finge ser tranquila, mas rastreia cada segundo do seu expediente como uma farejadora — ia começar a me chamar sobre o projeto CypherGuard.
E eu não tinha energia pra Harper nesse momento. Nem pra aquela planilha interminável mapeando as vulnerabilidades que a gente deveria isolar antes da auditoria de fim de trimestre. A gente estava só na metade da marcação de código, e eu já tinha perdido dois checkpoints. Se eu não me cuidasse, iam repassar o projeto pra outra pessoa. E eu tinha batalhado demais pra ganhar a confiança deles em algo tão sensível.
Eu entrei no quarto tropeçando, me secando às pressas, o coração ainda acelerado — não só pelo atraso.
Eu sabia o motivo. Era aquele homem tatuado dentro da minha casa.
Tudo me fazia lem