A gravidez não deixou Helena mais cheia ou farta.
Suas costas continuavam alvas e delicadas, os cabelos negros espalhados sobre os ombros, enquanto a água quente escorria pelas omoplatas até a covinha da cintura, onde uma pintinha vermelha se destacava, belo e chamativo.
— Vou te ajudar a se lavar.
Bruno segurou o corpo da mulher, querendo ajudá-la no banho. Mas Helena se assustou e, num reflexo, deu um tapa no rosto do homem.
Depois de bater, ela se encostou, trêmula, nos azulejos quentes, os lábios tremendo ao encará-lo. Não podia ouvi-lo, não compreendia suas intenções e temia que ele quisesse ter relações com ela. Afinal, Bruno já estava há muito tempo sem transar.
O rosto bonito de Bruno foi virado pelo tapa, numa expressão de desconforto. Logo depois, ele sorriu com ternura e, um tanto autoirônico, escreveu algumas palavras na palma da mão dela.
Só então Helena entendeu que ele queria apenas ajudá-la a tomar banho. Ela não queria, mas não tinha forças para resistir a um homem, ai