Entre Palavras e Abraços
O céu da manhã refletia tons suaves de azul e rosa, uma promessa de dia sereno no sítio.
Miguel caminhava pelo quintal, com uma xícara de café ainda fumegante nas mãos, observando Brenda correr entre os girassóis.
Havia uma leve brisa que balançava as flores, espalhando o perfume doce pelo ar, e cada detalhe parecia pulsar em sintonia com a tranquilidade que ele sentia e, ao mesmo tempo, com o medo sutil de perder essa paz.
— Papai, olha! Gritou Brenda, apontando para um grupo de joaninhas sobre uma folha.
— Elas estão indo para a casa delas!
Miguel sorriu, colocando a xícara na mesa e agachando-se ao lado da filha.
Seus dedos tocaram suavemente os cabelos dela, o gesto natural e protetor que tanto os unia.
O toque transmitia segurança, confiança e amor, elementos que ele só começava a perceber como essenciais depois de todo o passado doloroso.
— É isso mesmo, minha pequena.
—Elas estão seguindo seu caminho, assim como a gente faz.
—Sempre respeitando