O silêncio que se seguiu à chamada de Lúcia era mais violento do que qualquer grito. A ameaça dela, tão crua e tão pessoal, pairava no ar da penthouse, uma névoa venenosa que parecia manchar o brilho da cidade lá fora. A vitória deles, tão absoluta momentos antes, agora tinha o gosto amargo de cinzas.
Pedro não se moveu por um longo momento. O seu corpo era uma estátua de fúria contida, a sua mente um turbilhão. A ameaça de Lúcia não tinha sido contra o seu negócio; tinha sido contra o santuário que ele mal começara a construir. Tinha sido contra Isabella. E isso... isso era imperdoável.
Lentamente, ele virou-se para ela. A expressão no seu rosto não era de triunfo, mas de uma fúria protetora aterrorizante.
— A caçada acabou — disse ele, a sua voz um rosnado baixo, a promessa de uma violência inimaginável. — Agora, começa a guerra. E não haverá prisioneiros.
Isabella, que o observava, viu a mudança nele. O CEO calculista, o amante vulnerável, ambos foram consumidos por algo mais antig