O clique do trackpad foi um som minúsculo, quase inaudível, mas ecoou na penthouse silenciosa como um tiro de canhão. Estava feito. A bomba digital, a nossa verdade, estava a caminho. Não havia como voltar atrás.
Soltei o ar que nem sabia que estava a prender, os meus dedos ainda a pairar sobre o metal frio, entrelaçados com os dele. A adrenalina do ato, tão audacioso e tão irrevogável, percorreu o meu corpo como uma corrente elétrica. Olhei para ele. A luz do ecrã do portátil dançava nos seus olhos escuros, revelando uma intensidade fria e uma satisfação sombria que espelhava a minha.
— Acabou — sussurrei.
— Não — respondeu ele, a sua voz um rosnado baixo e íntimo. Ele se virou, o seu corpo a bloquear a luz do ecrã, mergulhando-nos numa penumbra cúmplice. — Apenas começou.
Ele não me beijou. O momento era demasiado cru, demasiado primordial para um simples beijo. Em vez disso, ele me puxou do sofá para o chão, para o tapete macio, num movimento fluido e possessivo. A nossa colaboraçã