Isabella voltou para sua mesa, mas não se sentou. Permaneceu de pé, as costas retas, o corpo inteiro vibrando com uma mistura tóxica de fúria, humilhação e uma excitação sombria que a envergonhava. Ela tocou os lábios, que ainda formigavam com a força do beijo dele. Não fora um beijo de paixão mútua. Fora uma marca. Uma afirmação de propriedade.
O som do interfone zumbindo em uma mesa próxima a trouxe de volta à realidade. O mundo continuava, indiferente à tempestade que acabara de acontecer a portas fechadas. E ele exigira um relatório. Em uma hora.
Uma parte dela queria correr — para o elevador, para fora do prédio, para longe da órbita perigosa daquele homem. Mas então, a imagem de sua mãe, do sorriso cansado em seu rosto, surgiu em sua mente. Correr não era uma opção. Lutar era a única escolha.
Ela se sentou. O jogo dele era o poder. Ele a havia encurralado com uma demonstração primitiva de domínio. Ela não podia responder com a mesma moeda. Sua arena era outra. Sua arma era sua m