O som da risada de Pedro ecoou nas paredes de vidro do escritório, uma força da natureza que pegou Isabella completamente de surpresa. O som diminuiu lentamente, sendo substituído por um silêncio carregado, mas a dinâmica da sala havia se transformado para sempre. A fúria dele se fora, e em seu lugar havia algo muito mais perigoso: um respeito genuíno.
Ele se levantou de sua cadeira, não com a energia agressiva de antes, mas com o movimento deliberado de um mestre de xadrez que acaba de reconhecer o brilhantismo de seu oponente. Ele contornou a mesa e parou a alguns passos dela, estudando-a.
— Extraordinário — disse ele, a voz baixa, quase um sussurro.
Ele caminhou até o bar em sua sala e serviu duas doses de um uísque escuro em copos pesados de cristal. Ele estendeu um para ela. Hesitante, Isabella o pegou. Era um gesto de paz. Um convite para uma negociação entre duas potências iguais.
— Não haverá um adendo ao contrato, Isabella — ele disse, voltando para perto da janela, o copo g