Dante parou diante de Luz Marroquin Vilenha e apoiou um joelho no chão para ficar à altura dela e poder olhá-la nos olhos.
— Pequena, você sabe que eu te amo e me preocupo com você…
— Mas? — interrompeu a menina, cruzando os braços. Dante adorava a personalidade forte de Luz, mas às vezes sentia que ela não o compreendia.
— O trabalho é importante para poder suprir as suas necessidades — continuou explicando Dante. Ele tinha um assunto para resolver no escritório e precisava deixar Luz sozinha em casa.
— Você sabia que tudo o que a gente diz depois do “mas” automaticamente desfaz o que foi dito antes do “mas”?
— De onde você tira essas coisas? — pensou Dante. Aquilo não podia ter sido ideia de uma criança de cinco anos; era demais até para a mente avançada de Luz.
— Eu vi numa série.
— Imagino que não numa série infantil.
— Você vai mesmo embora? — perguntou Luz, franzindo a testa. Agora só tentava mudar de assunto.
— Desculpa, meu amor — lamentou Dante — você ficará em boas mãos — ap