A mulher que a atendeu na recepção voltou. Alana achou curioso o calçado que ela usava.
— Samara disse que pode atendê-la na hora do almoço — a mulher fez uma pausa para olhar o relógio no pulso; era um relógio de plástico preto que não combinava em nada com a roupa elegante que vestia — será em breve, você pode esperar ali — acrescentou, apontando para um sofá de couro branco próximo ao balcão. Parecia a sala de uma casa, uma casa elegante; diferente da de Samara, diferente do convento.
Alana sentou-se e ajeitou o cabelo para o lado, sobre um dos ombros. Era estranho usá-lo solto, era estranho estar vestindo jeans e tênis, era estranho ter uma tatuagem recente cobrindo do dorso da mão até o antebraço; isso último, além de estranho, era doloroso.
Ficou olhando para a faixa branca, pensando por que tatuar a pele era considerado um pecado. Tentou não pensar nisso. Precisava esquecer a vida no convento. Estava livre e, no fundo, por baixo do medo do que era mau e perigoso no mundo exteri