Ketlyn acordou com o toque suave do sol atravessando as cortinas. Por um instante, esqueceu de tudo. Do peso no peito. Das perguntas sem resposta. Do medo de não ser suficiente.
Mas quando olhou para o lado e viu a cama vazia, o silêncio voltou a gritar.
Desceu descalça, ainda com a camisola de cetim que Derick deixara na cama dias atrás. O mesmo que, na noite anterior, havia se deitado ao seu lado como se nunca tivesse partido. Como se não tivesse dito que aquilo tudo era um contrato. Como se não a tivesse ferido com a única frase que ela não estava pronta para ouvir.
Ele estava na cozinha. Camisa branca aberta até o meio do peito, cabelo bagunçado, café no fogo.
Não disse nada. Só a observou em silêncio.
Ela sentou à mesa com cuidado. Ele serviu o café para os dois. Ficaram ali. Dois corpos marcados por uma guerra sem nome.
Até que ele puxou uma pasta preta de cima do balcão. A mesma que usara no dia do contrato.
Ketlyn ficou rígida.
Derick a abriu devagar. Tirou de dentro as página