O silêncio entre eles era diferente daquela vez em que dormiram separados.
Agora, era um silêncio confortável. Um silêncio de quem estava cansado de fugir.
Derick passou o café. Ketlyn colocou a mesa. Nenhum dos dois disse nada enquanto o aroma quente preenchia a cozinha. Luke ainda dormia.
Ela sentou primeiro. Ele se aproximou com as duas xícaras, entregou a dela e sentou à frente.
“Dormiu bem?”, ele perguntou.
“Melhor que nas últimas semanas.”
Ele assentiu. Olhou para as mãos.
“Queria ter dito aquilo antes. Sobre confiar em você. Sobre você ser a mãe que Luke conhece.”
“Eu queria ter ouvido antes.”
“Eu sei.”
Mais um silêncio. Dessa vez, carregado de memórias. De feridas. De promessas não ditas.
Ketlyn soltou o ar devagar.
“Por que você demorou tanto pra me defender?”
“Porque eu ainda me defendia de você.”
Ela ergueu os olhos, surpresa. Ele continuou:
“Eu sabia que a gente tinha um contrato. Que era pra ser só isso. Mas… desde que você entrou naquela igreja com aquele vestido simples