Giovanni retirou a mão do meio das pernas de Sophia com a mesma lentidão e firmeza com que a havia tocado. Seus olhos a devoravam, intensos, sombrios, e agora tomados por uma decisão inabalável. Ela mal conseguia se manter de pé. O corpo trêmulo, a respiração descompassada. Ainda encostada à parede fria, sentia o toque dele queimando em sua pele, como se tivesse sido marcada por dentro.
Sem dizer nada, ele entrelaçou os dedos aos dela e a puxou pelo corredor com passos decididos. O som dos saltos dela ecoava baixo no chão de madeira escura, enquanto passavam por ambientes modernos e sóbrios, tons neutros, linhas limpas, arte refinada e silenciosa. Tudo naquele apartamento era como ele: elegante, contido, perigoso.
Mas havia uma porta diferente.
No final do corredor, uma porta de madeira preta com uma maçaneta de ferro trabalhado. Giovanni parou diante dela. Tirou um pequeno chaveiro do bolso e destrancou a fechadura com um clique que soou mais alto do que deveria. O coração de Sophia