Sophia RomanoAs palavras dele ainda ecoavam no ar, promessas roucas que se entranharam na minha pele como tatuagens invisíveis.“Boas meninas corajosas… merecem ser recompensadas.”Não sei quanto tempo se passou desde que ele disse isso. Minutos? Horas? Ou apenas segundos? Não importa. Porque quando Giovanni fala, o tempo para. O mundo se curva ao redor dele. E eu… eu me desfaço.Meu corpo ainda estava marcado. As palmas dele haviam deixado mais do que vermelhidões; haviam deixado rastros de fogo, de desejo, de submissão. E o pior de tudo?Eu queria mais.Eu estava ajoelhada na cama, os joelhos cravados no colchão macio, os punhos apertando os lençóis como se aquilo fosse me manter sã. Minha respiração estava ofegante, meu coração? Era como um tambor que pulsava enlouquecido dentro do peito.— Está pronta? — ele perguntou, com aquela voz que era puro pecado.Assenti, mas minha voz não saiu. Só consegui baixar a cabeça, expor ainda mais a curva da minha nuca para ele, como uma oferend
Giovanni BianchiA porta do banheiro se fechou atrás de mim com um clique suave, abafando os sons do quarto, abafando o som do gemido de Sophia ainda ecoando na minha cabeça.Apoiei as mãos na pia de mármore, respirei fundo, tentando recuperar o controle. Mas não adiantava. Eu ainda sentia o corpo dela. Sentia o calor úmido que me envolveu como um convite infernal, os gemidos desesperados que ela tentou conter e falhou. E, acima de tudo, a forma como ela se entregou.Inferno.Minha pele ainda ardia, o corpo tenso, como se estivesse à beira de algo que eu não conseguia controlar e isso me irritava. Eu nunca perdia o controle, jamais.Mas ela… Ela me incendiava.Olhei a minha imagem no espelho. Os cabelos assanhados, o corpo tatuado cobrindo marcas de um passado que eu procuro esquecer. Fechei os olhos, deixando a água fria correr entre os dedos. Eu precisava apagar o fogo, pelo menos por fora. Porque por dentro, era tarde demais. Sophia havia me marcado. Não apenas com o corpo que eu
O silêncio do quarto era cortado apenas pelo som baixo da respiração de Sophia. A escuridão envolvia o ambiente, mas seus sentidos estavam em alerta. Ela abriu os olhos lentamente, sentindo o peso do cansaço em seus membros e, ao mesmo tempo, o calor ainda presente entre suas pernas. O lençol escorregava sobre sua pele nua, revelando o corpo marcado e ainda sensível.Ela estava sozinha.Giovanni não estava ali. O lado dele da cama estava vazio, frio.Sentou-se devagar, com o corpo ainda dolorido da sessão anterior. Sentia o ardor sutil em suas nádegas como um lembrete íntimo de quem era agora, de quem pertencia.E, apesar da leve dor, um calor crescia novamente dentro dela, misturado com a memória de ser tomada, punida, adorada… Subjugada.Desceu da cama, nua, os pés descalços tocaram o chão de madeira. Ao lado da cama, jogada com descuido, estava uma camisa de Giovanni. Ela a pegou, levou até o rosto e inalou o cheiro dele: amadeirado, selvagem, dominador. Vestiu a camisa, que caiu l
Giovanni sorriu, e em um movimento firme, abaixou sua calça apenas o suficiente. Com uma das mãos ainda segurando o quadril dela, guiou-se até sua entrada e a penetrou com lentidão cruel, como se saboreasse cada centímetro.Sophia gritou.Não de dor, mas de rendição.A sensação de tê-lo dentro de si novamente era mais do que prazer.Era retorno, reconhecimento, totalidade.— Boa menina. — ele murmurou, aumentando a velocidade das estocadas, cada uma mais firme, mais profunda, mais possessiva.A sala se encheu com os sons do desejo: os gemidos de Sophia, os grunhidos roucos de Giovanni, a respiração ofegante, o som do impacto de seus corpos em perfeita sintonia.Ele se inclinou sobre ela, a mão deslizando para seu peito, segurando-a firme, os lábios colados à sua orelha enquanto sussurrava:— Você é minha obsessão. Minha submissão perfeita. E agora… você vai gozar só quando eu mandar. Entendido?— S-sim… senhor… — ela respondeu, tremendo sob ele.Giovanni cravou os dedos em sua cintura
A porta pesada do The Black Room se fechou atrás deles, selando Sophia em um mundo que não lhe pertencia, mas que, de alguma forma, parecia ter sido feito para ela.Seu coração batia frenético contra o peito, não por medo, mas pela promessa do desconhecido. O ar era carregado, denso com uma eletricidade que parecia vibrar em sintonia com seu próprio corpo. O perfume amadeirado de Giovanni envolvia seus sentidos, um lembrete constante da presença dominante dele, enquanto sua mão firme a guiava com precisão, pressionando a base de suas costas nuas.Ela sentia o calor dele, a força silenciosa que exalava de cada movimento, de cada toque, de cada palavra não dita.— Confie em mim, Sophia. — A voz dele veio baixa, um sussurro grave que reverberou por sua espinha como uma promessa perigosa.Ela engoliu em seco, seus dedos tremendo levemente, mas não recuou. Porque, apesar do desconhecido, apesar da tensão quase insuportável entre eles, ela queria aquilo.O quarto era um santuário de control
— Sophia… — Amélia chamou baixinho, puxando a cadeira e sentando-se ao seu lado. Seus olhos escuros estavam carregados de preocupação. — Você não pode continuar assim. Se matar de trabalhar em dois empregos não será suficiente, você precisa de uma solução real.Sophia apertou os olhos, sentindo as lágrimas ameaçarem cair.Jogou sobre a mesa, a carta do hospital onde informava o prazo final da cirurgia da sua irmã. Hanna, tinha apenas cinco anos e sofria de uma condição cardíaca grave que necessitava de uma cirurgia de urgência, apenas essa cirurgia salvaria a vida de Hanna e o tempo estava se esgotando. — E qual é a solução, Amélia? Eu já tentei tudo! Bancos, empréstimos, associações de caridade… ninguém quer ajudar. O hospital exige o pagamento antes da cirurgia. Se eu não conseguir esse dinheiro em dois meses, Hanna…Ela não terminou a frase, a dor que sentiu apenas em pensar na possibilidade de perder sua irmã era demais para ela. Amélia respirou fundo, hesitando mas pensou em al
Giovanni Bianchi era um homem machucado, um homem que conheceu um tipo de amor doentio e sádico. Um amor que o transformou no que ele era hoje, frio e sem coração. Mas por trás de toda a frieza e controle, havia um lado de Giovanni que quase ninguém conhecia.Apenas duas pessoas no mundo conseguiam enxergar além da máscara do magnata implacável: sua mãe, Isabella, e sua irmã caçula, Antonella.Com elas, ele era diferente.Ainda que tivesse herdado a rigidez e a disciplina do pai, sua mãe sempre foi o seu equilíbrio. Isabella Bianchi era a única que ainda via nele o garoto que um dia acreditou em sentimentos, antes que as pessoas o tornassem tão cético. Sua relação com Antonella era ainda mais intensa. Dez anos mais nova, a irmã era sua fraqueza. Ele a protegia como um guardião implacável, certificando-se de que nada, nem ninguém, a machucasse.Mas para o resto do mundo, Giovanni Bianchi era apenas o bilionário intocável, o homem de negócios dominador e implacável.O aroma amadeirado
O restaurante luxuoso estava banhado por uma iluminação quente e elegante, refletida nas taças de cristal dispostas sobre as mesas de linho impecável. O som discreto de conversas e risadas se misturava ao tilintar dos talheres, criando uma sinfonia refinada de sofisticação e exclusividade.Giovanni estava sentado em um dos melhores lugares do salão, girando lentamente o uísque em seu copo de cristal, seu olhar afiado varrendo o ambiente com impaciência contida.Vitor havia entrado em contato pessoalmente com o dono da Elite Diamonds, garantindo que a garota escolhida se encaixava em todos os requisitos do empresário. Mas Giovanni, um homem acostumado a exigir o melhor e aceitar nada menos do que a perfeição, permanecia cético.Por isso, ele marcou aquele jantar.Não gostava de surpresas.Não gostava de perder tempo.E, acima de tudo, não gostava de se decepcionar.Mas quando ergueu o olhar e viu a mulher atravessando o salão em sua direção, algo dentro dele estremeceu.Seu corpo ficou