O relógio marcava 19h57 quando o som grave do motor de um carro de luxo ecoou pela rua estreita do bairro modesto onde Sophia morava. O veículo preto, de linhas elegantes e janelas escuras, parou diante da casa com precisão cirúrgica, como se cada segundo e cada movimento tivesse sido ensaiado.
Sophia estava sentada na beira do sofá, com as pernas cruzadas, as mãos repousando sobre o colo e o coração em um ritmo descompassado. Os cabelos estavam perfeitamente soltos sobre os ombros, e o vestido perolado de seda moldava seu corpo com uma perfeição quase pecaminosa. O perfume suave e envolvente que ela havia escolhido parecia dançar no ar ao seu redor.
Ela ainda não havia recebido nenhuma mensagem, nenhum comando, mas sabia que ele viria.
E como se seu pensamento tivesse invocado o momento, o celular vibrou sobre a mesinha ao seu lado.
“Saia!”
Duas palavras foram suficientes para que seu corpo reagisse com um arrepio involuntário.
Sophia se levantou de imediato, agradecendo mentalmente