Sophia desviou o olhar para a janela, os olhos fixos na paisagem nebulosa que se estendia além do vidro. A pergunta de Amélia ecoava em sua mente, trazendo de volta memórias que ela lutou para enterrar desde o momento em que deixou a Itália.
Mas ali, no hospital, rodeada pelo luxo que Giovanni havia fornecido, ela sabia que não podia mais fugir. Era impossível ignorar a sombra dele que pairava sobre sua vida como uma ameaça constante.
— Sophia? — Amélia insistiu, a voz um pouco mais suave, mas ainda cheia de preocupação. — O que aconteceu entre você e Giovanni na Itália?
Sophia respirou fundo, fechando os olhos por um instante antes de encarar a amiga.
— Nós… — Ela hesitou, o peito apertando e a garganta queimando como se as palavras fossem cacos de vidro. Mas era hora de enfrentar a verdade. — Nós tivemos um caso, Amélia. Um caso que nunca deveria ter acontecido.
Amélia arregalou os olhos, o rosto dela se contorceu em uma expressão de incredulidade.
— Um caso? Com Giovanni Bianchi? —