Sede da Bianchi Corporation – Sala de Reuniões Principal – 11h47
O ambiente transbordava elegância e poder. A sala de reuniões da Bianchi Corporation era o retrato vivo da imponência: paredes envidraçadas que refletiam a cidade como se ela estivesse a serviço de quem ali mandava; uma mesa de mármore negro que se estendia como a espinha dorsal de um império; cadeiras de couro, luzes estrategicamente posicionadas para valorizar cada centímetro da grandiosidade daquele espaço.
Giovanni Bianchi era o centro de tudo.
Sentado na extremidade da mesa, ele era uma estátua viva de poder e autocontrole. Vestia um terno cinza escuro sob medida, abotoaduras discretas de platina, camisa branca impecável e sapatos italianos engraxados até refletirem o teto. Seus cabelos estavam penteados para trás com precisão cirúrgica, e seus olhos, frios, calculistas, impenetráveis, encaravam a tela onde o funcionário fazia uma apresentação minuciosa dos lucros da nova filial em Dubai.
— Como podem ver, senhores,