A água da banheira era um abraço quente, denso, quase luxurioso. O mármore branco que a envolvia parecia um altar sagrado, onde a luxúria e a devoção se encontravam. Do lado de fora, Moscou cintilava sob o véu da neve, indiferente ao que se passava naquele último andar de um dos hotéis mais luxuosos da cidade.
Mas ali, dentro daquele santuário de prazer, Giovanni e Sophia criavam sua própria geografia. Um território onde o corpo dela era a terra e o dele, o conquistador.
Giovanni estava recostado na borda da banheira, os braços apoiados nas laterais, o corpo largo quase submerso. Mas havia algo de perigosamente letal naquela tranquilidade. Os olhos semicerrados, azuis como lâminas de gelo derretendo, estavam fixos nela que estava em pé do lado de