O silêncio que preenchia o carro durante o trajeto até o apartamento de Liam era mais cruel do que qualquer palavra que pudesse ser dita. Antonella estava ao lado do namorado, com os olhos vidrados no vazio à frente, como se a estrada não levasse a lugar algum. E de certa forma… não levava. Pelo menos não para onde ela queria estar.
Seu mundo, até aquela noite, tinha lógica. Tinha pilares. E agora… só destroços.
Ao entrarem no apartamento, ela permaneceu parada no meio da sala, com os braços cruzados e o corpo rígido. O rosto pálido e os olhos vermelhos denunciavam a batalha que ainda acontecia dentro dela.
Liam se aproximou devagar.
— Amor… quer se sentar? Um chá, talvez?
Ela apenas balançou a cabeça, como se qualquer tentativa de normalidade fosse um insulto.
— Eu … eu não sabia — murmurou com a voz trêmula. — Meu Deus, Liam… eu não fazia ideia.
— Eu sei — ele respondeu com doçura e dor na mesma medida.
Ela ergueu o olhar e seus olhos eram um espelho de tudo que Giovanni sempre esco