O dia na lavanderia havia sido longo. Sophia se sentia exausta enquanto dobrava o último lote de roupas recém-passadas, seus movimentos eram automáticos ao som do leve zumbido das máquinas ao fundo.
O relógio marcava quase sete da noite. O expediente já havia acabado para os outros funcionários e ela, por generosidade com a colega de turno, tinha ficado para fechar o local.
A loja estava quase em silêncio absoluto, exceto pelo barulho distante da rua quando a porta se abriu bruscamente, fazendo o sino acima dela tilintar com força. Sophia ergueu o olhar, surpresa.
Um homem de terno amarrotado, expressão furiosa e olhos injetados de raiva atravessou a entrada como uma tempestade. Ele carregava um cabide com um paletó bege em mãos e logo o jogou sobre o balcão com brutalidade.
— O que é isso?! — vociferou, a voz tão alta que fez Sophia recuar um passo.
— Boa noite, senhor. Posso ajudá-lo? — ela tentou manter o tom calmo, apaziguador.
— “Ajudar”?! Vocês arruinaram meu paletó! Olha essa