Majestic Tower – Sede da Bianchi Enterprises, 09h14
A porta do elevador se abriu com um leve ding, mas o som pareceu insignificante diante da mudança de atmosfera que ocorreu instantaneamente. Era como se a própria estrutura do edifício tivesse sentido.
O ar ficou mais denso. Mais gélido.
Funcionários silenciaram no ato, as conversas morreram, os passos recuaram e até os risos anteriores se perderam no ar.
O corredor de vidro, imponente e moderno, parecia refletir uma sombra que antes não existia. Uma sombra que caminhava com elegância e destruição contida.
Giovanni Bianchi.
Terno cinza escuro sob medida, gravata preta perfeitamente alinhada. O relógio suíço cintilava sob a luz artificial. Cada passo que dava soava com exatidão matemática sobre o mármore branco, como se o mundo ao seu redor estivesse coreografado para não perturbá-lo.
Mas era o olhar. O olhar que verdadeiramente congelava.
Aqueles olhos costumavam intimidar por sua firmeza, por sua frieza calculada.
Hoje… havia algo m