Majestic Grand Hotel – Salão Diamante – 20h32
O som suave do piano preenchia o salão Diamante como uma brisa sofisticada e distante, quase ornamental. Notas de jazz e luxo flutuavam entre paredes de vidro lapidado, colunas de mármore negro e painéis espelhados que refletiam um mundo de riqueza e poder. O ambiente cheirava à exclusividade. Acariciava os sentidos com sua perfeição.
E no centro daquele cenário, como parte dele, e ainda assim completamente alheio, estava Giovanni Bianchi.
Vestia um terno azul petróleo de corte impecável, camisa preta sem gravata, os primeiros botões abertos com um descuido elegante. Cada movimento era medido. Cada olhar, calculado. Os olhos azuis estavam escuros e vagavam entre os homens de terno à sua volta como se os analisasse por dentro, mesmo sem demonstrar interesse real.
— Sua projeção de receita ultrapassa a dos nossos concorrentes por pelo menos trinta por cento — dizia um dos britânicos, com sotaque refinado e sorriso falso. — Sua proposta para