Ao entrar no carro, o cheiro de couro novo e a música instrumental suave a envolveram de imediato. O motorista, o mesmo de antes, acenou com educação, mas não disse uma palavra. Apenas deu partida.
Sophia encostou-se ao assento, tentando controlar a respiração, tentando ignorar o nó que se formava em sua garganta.
A cidade passava pelas janelas como uma pintura em movimento. As luzes refletiam nas vitrines, o reflexo colorido dançava sobre seu rosto. Mas tudo que ela conseguia ver era ele.
A forma como ele a tocou, a maneira como sussurrou seu nome e depois… o vazio. O silêncio, a partida sem explicação.
O peito apertava e a tensão crescia.
Ela mordia o lábio inferior, alternando entre expectativa e medo. Parte dela queria respostas. A outra… queria apenas ser tocada novamente. Possuída da maneira única que só ele conseguia fazer. E isso a deixava inquieta, vulnerável, ridícula.
— Você é só um contrato. — ela murmurou para si mesma, quase como um lembrete.
Mas nem ela acreditava mai