O caminho de volta para casa foi silencioso.
O motorista do não tentou conversar. Talvez porque o olhar de Sophia dissesse mais do que qualquer palavra. Os olhos fixos na cidade que se desenrolava lá fora , indiferente à dor que queimava dentro dela.
Ao chegar no prédio modesto onde morava com a mãe e a irmãzinha, subiu os degraus como se cada passo pesasse cem quilos. E quando abriu a porta do apartamento, foi recebida por um aroma familiar: café fresco e pão quentinho.
Blanca estava na cozinha, com os cabelos presos em um coque alto e o avental florido. Virou-se ao ouvir o som da porta.
— Sophia?
Sophia forçou um sorriso.
— Bom dia, mãe.
Blanca saiu de trás do balcão. Não disse nada no início. Apenas olhou a filha de cima a baixo. O rosto abatido, os olhos vermelhos, a alma gritando em silêncio.
— Quer conversar? — perguntou baixinho, aproximando-se.
Sophia tentou responder, quis ser forte, mas ao encarar os olhos verdes da mãe… desabou.
As lágrimas vieram com força, e ela caiu nos