O carro desacelera e para diante de uma propriedade isolada, cercada por arame farpado, muros altos e segurança armada.
Parece uma fazenda comum à primeira vista, mas logo noto a pista de pouso à frente — larga, reta, com marcações claras e um jato aguardando ao longe, o motor ainda quente, vibrando no silêncio abafado da tarde.
Não tenho tempo nem para processar onde estou.
A porta ao meu lado se abre com brutalidade, e sou puxada para fora por outro homem. O chão de terra batida range sob meus pés trêmulos. O sol fraco não aquece nada. O medo me gela de dentro para fora.
Ele me segura firme pelo braço, me forçando a caminhar até o avião. Cada passo parece o prenúncio de um fim. Sinto o peso do que está por vir, e meu coração bate tão alto que acho que vão ouvir.
Mais carros chegam atrás do nosso.
De um deles…
Bianca desce.
Vejo tudo em câmera lenta. O momento em que ela chuta a canela de um dos seguranças, o grito abafado dele, a resposta imediata do outro que a prensa brutalmente c