O metal gelado da parede reverberava o calor recém-descarregado dos corpos. TXK respirava com dificuldade, os sistemas internos ainda processando a descarga descontrolada de dopaminas, impulsos e memórias que não pertenciam apenas à sua programação.
Ela se afastou sem ruído, deslizando pelo chão com uma lentidão felina. A penumbra da câmara de contenção os envolvia como uma segunda pele. JK-20 não o tocou. Apenas se encostou contra a estrutura metálica, os joelhos semiabertos, como se desafiasse a gravidade e a lógica que o governavam. O corpo dela parecia pulsar.
TXK a observava, ainda deitado, sem roupas, com as marcas frescas da união recente ardendo pela pele sintética que agora reagia como carne. Esperava que ela falasse, que o confrontasse — ou o traísse. Mas ela apenas abriu as pernas com mais precisão, uma lentidão medida, e mergulhou os dedos em si mesma.
Ela gemeu. Um som molhado, firme e gutural, como se não houvesse mais freio entre desejo e natureza. Seus olhos estavam