Tudo estava como Luz havia dito. Fora do quarto de Gisele, de fato, estavam algumas pessoas.
Vários seguranças de preto, altos e musculosos, bloqueavam o estreito corredor, o que fazia com que até a luz ficasse mais fraca. De vez em quando, o som de soluços vindos do interior do quarto se destacava, se tornando ainda mais assustador. Mesmo sendo o meio-dia, quando o sol deveria brilhar com força, havia uma sensação de frio inexplicável.
— Veja, veja! Eu não estava errada, estava? — Luz estava atrás de mim, batendo o pé impacientemente. Ela parecia nervosa. — Vamos, vamos, vamos entrar e ver o que está acontecendo!
...
Eu me virei para analisar sua expressão. Se antes ela parecia um pouco preocupada, agora exibia um leve sorriso de quem estava visivelmente animada.
— Eu realmente duvido que tenha me chamado aqui porque estivesse preocupada. Acho que você me trouxe só para assistir ao espetáculo, não para me pedir ajuda... — Comentei.
Luz riu.
— Nada disso! Eu também estou preocupada. —