Bruno se aproximou e parou atrás de mim, trazendo consigo um pouco de luz e calor.
Ele envolveu minha cintura com suas mãos, e o cheiro suave do sol, que parecia aquecer o ambiente, me deixou inquieta. De uma forma inexplicável, eu estava gelada, e meu corpo não conseguia conter os leves tremores.
Enquanto Gisele me observava, seus olhos cheios de dor e desespero, Bruno inclinou suavemente o queixo sobre meu ombro e sussurrou em meu ouvido:
— Desculpe, por todo o sofrimento que te causei.
Gisele gritou, o som agudo e desesperado cortando o silêncio:
— Irmão, irmão, me abraça, por favor! Eu não tenho mais pernas, não consigo andar! Só vou poder viver se você me carregar, senão... Senão eu vou morrer!
Bruno virou a cabeça, e com uma frieza intransigente, respondeu a Gisele, sua voz cortante como uma lâmina:
— Então morra.
As palavras não eram dirigidas a mim, mas, ao ouvi-las, meu corpo não pôde evitar um tremor. Em um instante, parecia que o mundo ao redor havia parado.
Eu estava prof