O beijo que caiu em minha testa foi facilmente desviado por mim, e a expressão de frustração no rosto de Bruno quase parecia quebrar.
— Acho que vou dormir.
Bruno ainda parecia querer dizer algo, mas uma simples frase minha o impediu, fazendo ele suspirar em silêncio.
— Durma, quando acordar, já poderei te dar uma explicação.
Fiquei surpresa e arregalei os olhos.
— Que explicação?
Bruno apertou um pouco mais meu braço.
— A explicação que você quer ouvir.
— Não pode dizer agora?
Bruno olhou para o relógio na parede.
— Ainda não é o momento.
Senti uma leve frustração, um turbilhão de pensamentos me dominou e eu não sabia o que ele estava escondendo.
Fechei os olhos, decidida a ignorar tudo, achando que a excitação da mente me impediria de dormir. No entanto, para minha surpresa, aquele sono foi profundo e tranquilo.
Quando abri os olhos novamente, já não havia mais ninguém ao meu lado. Sentei-me na cama, abracei meus joelhos e fiquei ali, perdida em pensamentos.
Já era o dia seguinte, e,