Os olhares dos dois talvez tenham surgido de uma sintonia repentina ou de um encontro há muito planejado. De qualquer forma, sob a luz tênue, parecia que algo começava a crescer silenciosamente entre eles.
Bruno de repente estendeu a mão e, com leveza, acariciou a face próxima à sua, como se estivesse confirmando que a pessoa à sua frente era real, não um sonho.
Fiquei paralisada por um momento. Quando me dei conta, já tinha esquecido de afastar a mão dele, e ele lentamente retirou o gesto.
— Por que você faz isso de novo? — Disse ela, sua voz carregada de indignação.
Bruno, com calma, respondeu:
— Não é nada, só me ajuda a passar a pomada.
Dizendo isso, se virou de maneira espontânea, se deitando completamente sobre a cama. Parecia até temeroso de que eu não fosse ajudá-lo, então repetiu a história de como se machucara.
— Foi para te proteger que me machuquei.
Neste momento, essas palavras soaram como um feitiço.
Com apenas essa frase, ele já tinha o poder de controlar tudo o que eu