— Mas ela te implorou, eu ouvi. — Toquei a tela com a ponta dos dedos, falando de forma indiferente.
Não importava o quanto Bruno tentasse diminuir o assunto com Gisele, eu sempre encontraria uma maneira de trazê-lo à tona. Em vez de deixar tudo nesse limbo, sem ir para frente nem para trás, eu preferia perguntar diretamente a Bruno quando ele ia tomar uma atitude.
O olhar de Bruno ficou cada vez mais frio. Ligou a seta, puxou o volante e encostou o carro na beira da estrada, aplicando uma frenagem brusca.
— Você sabe quantas pessoas me pedem favores todos os dias? Você acha que sou uma pessoa com muito tempo livre?
Ele queria dizer que não tinha nada a ver com Gisele, que até quem pedisse um favor não conseguiria chegar até ele!
Desci a janela um pouco, virei o rosto e respirei fundo.
— Ela não é uma pessoa qualquer para você.
Bruno esfregou os polegares no volante, e por um momento, permaneceu em silêncio, o que foi raro para ele.
A Ana ainda o incompreendia, mesmo depois de tantas e