Capítulo 67 Amber , meu ponto de vista.
– Amber
Alyce estava sentada no tapete da sala, cercada de bonecas, mas o olhar dela permanecia fixo em mim, atento, como se adivinhasse que minha mente vagava por lugares perigosos.
— Mamãe? — ela chamou, a voz doce. — Você tá triste?
A pergunta me pegou de surpresa. Sentei no chão, puxando-a para o meu colo. — Não, meu amor. Eu só estava pensando.
— Pensando no trabalho? — insistiu, encostando a cabecinha no meu ombro.
Sorri, mesmo com o coração apertado. — É. Pensando no trabalho, em como a mamãe quer sempre fazer o melhor por você.
Ela me abraçou com aqueles bracinhos frágeis, e senti a pulsação acelerada do coraçãozinho dela, lembrando-me da condição que a tornava tão especial quanto vulnerável. Alyce nasceu com síndrome de Down e um problema cardíaco que exigiria cirurgia em breve. Tudo o que eu fazia era por ela.
E era justamente por ela que eu não podia permitir que pessoas como Thiago e Cláudia continuassem impunes.
Nos dias seguintes, marquei dois encontros com Thiag