(Eduardo)

Cada dia que passava, eu me via mais rendido a Lua. Era impossível negar. A forma como ela cuidava da Sol, como enfrentava as adversidades com firmeza, como iluminava os meus dias mais sombrios… tudo nela me fazia sentir vivo de novo. Era como se, depois de tanto tempo em meio a cinzas, alguém tivesse reacendido uma chama dentro de mim.

Eu tinha certeza de uma coisa: queria construir algo sólido com ela. Não apenas um romance passageiro, não apenas uma distração da dor que ainda insistia em me perseguir. Eu queria futuro. Família. Um porto seguro.

Depois da festa surpresa de aniversário que ela e minha mãe organizaram para mim, percebi que precisava mudar algumas coisas em minha vida. Se eu realmente queria lutar pela chance de me recuperar — física e emocionalmente —, precisava estar próximo dos melhores hospitais, dos especialistas mais renomados e de recursos que poderiam me oferecer um tratamento digno. A cidade onde estávamos não tinha a estrutura necessária.

Foi por is