Capítulo 17 A Lua é minha Namorada!

(Eduardo Duarte Galvão)

Voltar ao Brasil deveria me trazer paz. O conhecido cheiro do escritório, o peso das responsabilidades, as pilhas de relatórios e contratos — tudo isso sempre funcionou como um antídoto para distrair minha mente dos fantasmas. Mas, dessa vez, não funcionou.

Desde o momento em que o avião pousou em solo brasileiro, algo em mim não se calava. Era a imagem de Lua, exausta, mas com aquele olhar firme que parecia sempre me desafiar. Era a lembrança de Sol, com sua voz infantil perguntando se eu seria seu pai. E era, acima de tudo, a sensação de que minha vida, cuidadosamente controlada por anos, estava se partindo em pedaços.

Eu ainda queria convencê-la do casamento por contrato. Isso era fato. Precisava dela ao meu lado, não apenas como secretária, mas como a peça que equilibraria meu tabuleiro. Porém, cada vez que tentava racionalizar a situação, a lógica me escapava. Não era apenas pelo contrato. Havia algo mais. Algo que me irritava por existir.

“Controle, Eduar
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