Capítulo 131, casamento na igreja.
Visão de Eduardo
Eu sempre achei que ser forte significava não chorar. Não demonstrar medo. Ser o pilar.
Mas aqueles dias me ensinaram outra coisa: ser forte é continuar mesmo quando tudo dentro de você está tremendo.
Acordei antes do despertador. Lua dormia ao meu lado, com o rosto cansado, mas sereno. Havia olheiras leves sob os olhos dela, marcas silenciosas de noites mal dormidas e orações sussurradas no escuro. Fiquei alguns minutos apenas observando, tentando gravar aquele momento simples — ela ali, respirando tranquila — como se o mundo pudesse desmoronar a qualquer instante.
Levantei devagar para não acordá-la.
Na cozinha, o silêncio era absoluto. Preparei o café, mais por hábito do que por fome. Enquanto a água esquentava, minha mente voltou para o hospital. Para Victor, tão pequeno naquela incubadora. Para Alyce, ligada a aparelhos que pareciam maiores do que ela. Para Henry, tentando se manter inteiro enquanto o mundo dele estava suspenso por fios invisíveis.
E pensei em mi