Kaíque
O nome do Jonas tava pipocando em tudo quanto é canto. Nos sites, nos grupos de zap, na boca do povo, no miolo dos becos.
A casa dele? Já era. Desabando igual castelo de carta em dia de ventania.
E eu? Tava rindo por dentro. Mas rindo com sangue nos olhos.
Porque alegria de bandido é igual pipa no alto: se vacilar, o cerol come e derruba.
— Cês viram essa porra? — Rato largou o celular na mesa como quem solta granada. — Ministério Público vai meter o bedelho. Já tão cogitando prender o desgraçado.
— Isso é migalha — falei, esfregando as mãos igual quem se aquece antes do abate. — Quero ele no chão, na lama… preso, humilhado, e com a filha dele agarrada em mim, livre, sem olhar pra trás.
— E se ele tentar buscar ela na força? — Rato perguntou, meio receoso.
Virei pra ele devagar, com aquela calma que vem antes da tempestade, a calma do monstro antes do bote.
— Se esse verme encostar um dedo na Lorena… eu quebro ele no meio. Faço ele chorar sangue e pedir pra morrer. E nem assim