— A bebida não estava ajudando, estava? — Perguntou Phil.
— Eu precisava dela, acho, mas preciso voltar agora.
Larguei o copo de volta na mesa e reparei em como minhas mãos estavam trêmulas e instáveis. Phil não deixou de notar aquilo também.
— Há outra maneira, sabe. — Disse ele, e eu não tinha total certeza do que ele queria dizer. — Uma maneira de superar o vício, uma que seria menos... problemática.
— Não há outra maneira. — Falei, sem querer criar expectativas.
— Há, sim. — Insistiu. — Se você está assim, significa que esteve nas doses há anos. Você não pode simplesmente parar, teria de ir devagar.
— O que você está tentando dizer?
Eu estava ríspido, inquieto e à flor da pele sem motivo.
— O que eu estou tentando dizer é que você vai precisar de doses de acônito para sobreviver a isso. Você teria de recomeçar, mas, desta vez, a cada dose, reduziria gradualmente a ingestão, deixando o seu corpo se ajustar a porções menores. Depois, começaria a pular dias entre as doses, aos poucos.