— Ouvi barulhos vindo deste quarto. Quem está aí dentro? — Perguntei a ele.
— Venha. — Disse ele, evitando minha pergunta.
— Não. Eu quero saber quem está aí dentro.
Um lampejo de irritação cruzou seu rosto antes que ele caminhasse em minha direção. Talvez ele soubesse que seus desaparecimentos e reaparecimentos repentinos já estavam me perturbando, mas duvidei que ele se importasse. Talvez ele simplesmente não estivesse com vontade de fazer isso desta vez.
Ele tirou uma chave do bolso de sua calça jeans e destrancou a porta; seus olhos permaneceram em mim. Foi preciso toda a minha força para desviar o olhar e olhar para dentro do quarto. Lá, trancadas, havia três garotas — elas tinham mais ou menos a minha idade, embora a do meio parecesse alguns anos mais velha. Pareciam assustadas, mas nenhuma lágrima escorria por seus rostos, mesmo estando acorrentadas como animais. Talvez eu tivesse imaginado os sons, afinal.
— Você as sequestrou. — Eu disse, totalmente horrorizada. Eu não de