No dia seguinte, a mãe e a irmã do Bernardo já haviam partido, e, com isso, senti um alívio imediato. Sem os olhares avaliadores das duas sobre mim, era como se a fazenda finalmente voltasse a ter um pouco de paz.
Fernando e Diogo saíram cedo para cuidar dos negócios na fábrica e na transportadora, deixando o casarão mais silencioso. Eu estava terminando meu café quando Lena apareceu na cozinha, animada.
— Vou até a lavoura de café verificar algumas coisas. Quer ir comigo? — perguntou, apoiando-se no balcão.
A ideia de sair um pouco e conhecer melhor essa parte da fazenda me pareceu bem mais interessante do que passar o dia dentro do casarão.
— Claro — respondi, me levantando. — Só me dá um minuto para pegar um chapéu.
Lena sorriu, satisfeita, e esperou enquanto eu me preparava. Eu sabia que aquele passeio não era apenas sobre café. Lena sempre gostava de conversar e, provavelmente, queria aproveitar a oportunidade para falar sobre algo além do trabalho na fazenda.
Saímos