No horário de almoço, Bernardo e eu voltamos para o casarão.
— Nossa, é tudo muito bem calculado, não é? Qualquer erro em uma etapa na fabricação pode comprometer a produção inteira — comentei, ainda refletindo sobre o que tinha aprendido na fábrica durante a manhã. A conversa com o Bernardo me distraiu bastante, me ajudando a focar mais no trabalho do que na presença de sua mãe e irmã. Mas, quando voltamos para a fazenda, elas continuavam lá, claro.
— Sim, por isso mantemos nosso padrão — respondeu Bernardo com um tom sério, já acostumado com o ritmo da fazenda.
Entramos no casarão, ainda conversando sobre a logística e os detalhes da produção. No instante em que passamos pela porta, avistamos a mãe de Bernardo na sala. Ela estava com óculos de leitura, lendo algo que parecia ser uma revista, mas assim que nos viu, sorriu.
— Aí estão vocês. Sumiram a manhã toda, porque não tomaram café com a gente? — perguntou Beatrice, a voz suave, mas com um toque de curiosidade.
Bernardo s