Enquanto Enrico perambulava à procura da esposa, a governanta passou pela sala de estar devagar quando avistou o olhar medonho do chefe.
— O senhor deseja alguma bebida?
— Não! — Exclamou grosseiramente. — Eu quero que me diga onde está o seu neto? — A voz máscula berrou ao questionar a governanta.
As pupilas da idosa estavam dilatadas, pondo a mão no lado esquerdo do peito, ela recuou. Naquela altura do campeonato, o rapaz já devia estar em um trem partindo para a França. Ela já havia combinado tudo com um de seus parentes que daria abrigo ao jovem numa cidadezinha no interior da França. Fez tudo o que estava ao seu alcance para tirar o neto desta vida criminosa.
— Eu realmente não a vi, senhor Bianchi! — gaguejou.
— Por que continua mentindo? — O olhar inquisidor examinou as atitudes suspeitas da governanta.
Tirando a pistola da cintura, ele apontou para o pé de sua funcionária. A atmosfera ficou ainda mais tensa quando Enrico percebeu que ela estava mentindo.
— O senhor seria cap