*Atenção, leia a classificação do livro antes de iniciar a leitura* Luiza, aos dezenove anos, vê sua vida desmoronar quando perde os pais de forma inesperada. Forçada a deixar sua antiga rotina, ela se muda para a casa da avó, onde ela enfrenta mais problemas. Luiza sente a vida perder o brilho e a emoção, até que uma ideia ousada surge para romper com a monotonia: um romance com os filhos mais desejados e impecáveis da cidade. O plano era simples: nada de se apaixonar, apenas momentos de pura aventura. E o que era para ser só um momento de diversão, acabou virando uma incontrolável paixão, bagunçando a vida de Luiza por completo. Esse livro contém: Cenas quentes, palavras obscenas e palavrões. Mas nada que te impeça de se aventurar nessa deliciosa leitura.😌❤️
Leer másSouth Yellow, quatro anos atrás...
“Paixão Eloquente” - Um tipo de paixão excessiva que não se esconde e/ou não tem a intenção de se esconder. Acho que é dessa forma que devo chamar o que estou sentindo. —Pare de olhar para eles Luiza, ou vão pensar que você é louca! - Cochichou Isabela, me cutucando. - Eu sorri, voltando a atenção para o meu livro. O professor de literatura estava falando sobre o tempo renascentista e enquanto ele explicava sobre o clássico de Shakespeare, meus olhos fitavam com intensidade os dois garotos pelo qual eu era apaixonada. Eles eram para mim, como dois deuses mitológicos. O corpo deles era motivo de cobiça em todo campus; ombros largos, braços fortes e abdômen chapado. As pernas e coxas bem torneadas, dava um leve vislumbre da marcação entre o cós da calça. Se fosse só o corpo tudo bem, mas eles eram ricos, gostosos e lindos de rosto também. Um maxilar marcante, uma silhueta perfeita, boca levemente carnuda e olhar intenso. Um era branco e o outro levemente bronzeado. Um tinha cabelos lisos com uma leve franja e o outro com um corte militar curtinho. Eu não sabia explicar o que eu via nos dois; eles eram gêmeos e eram bem íntimos. Dizem que eles dividem tudo. —Será que eles dividem mulheres? - Questionei pensando em voz alta, me deparando com o meu professor parado do meu lado. Naquele momento, alguns deram risos por achar minha gafe engraçada, mas eu na verdade, queria só enterrar minha cabeça no chão. E então, meu professor cruzou os braços e me encarou. —Eu espero muito que você esteja falando dos termos de Petrarca, senhorita Stuart! Mas isso ficará para a próxima aula. - Disse ele seguido do sinal. Naquele momento eu não sabia onde enfiar a minha cara. Olhei para Isabela que balançou a cabeça em negação e então, apertei os olhos envergonhada, sentindo minhas bochechas corarem. —O que deu em você hoje? Que vergonha! - Disse Isabela me olhando e sorrindo com humor. Guardei meus livros na bolsa, encarando novamente os meninos antes de eles saírem e de repente, pude notar um traço no canto dos lábios de Augusto. —Vamos! - Falei sorrindo, voltando o olhar para Isabela ao meu lado. Saímos juntas do auditório e assim que passamos pelo portão, os dois rapazes estavam parados na entrada, com um grupo de amigas. De repente, os dois me olharam de soslaio e Rangel maneou levemente a cabeça enquanto me encarava. Eu tive que me manter centrada para não dar bobeira e ao passar por eles, Augusto me chamou, me pegando de surpresa. —Luiza! - Disse ele com um timbre de voz provocante, fazendo com que meu coração errasse uma batida. Eu então sorri simplista o olhando de volta. —Oi! - Respondi vendo os dois virem até mim. —Estávamos pensando, por que você não vem estudar com a gente hoje? - Perguntou ele sorrindo de forma discreta. Eu então soltei um riso. —Ta! - Respondi me virando para olhar Isabela a vedo arquear as sobrancelhas. —O que eu faço? - Disse ela entre dentes. —Avisa a vovó que fiquei para estudar! - Falei baixo me aproximando dela a abraçando. —Me ajuda, por favor! —Luiza você sabe que isso é loucura, não sabe? - Disse ela se afastando para me olhar. —Eu não vou me intrometer! —Te amo! - Respondi me despedindo, acompanhando os meninos, que acenaram para as garotas que me encaravam com desdém. Eu já estava me sentindo desconfortável, mas de repente, Augusto segurou minha mão e Rangel pegou a minha bolsa. Eles então, olharam para as meninas e se despediram delas com um riso satisfatório. Confesso que eu amei a atitude deles! De repente, um carro de luxo parou bem na nossa frente e Augusto abriu a porta enquanto Rangel me estendeu a mão. —Vamos? - Perguntou ele com sua voz atraente. Eu então aceitei e entrei no carro, sendo acompanhada pelos dois. Me sentei entre eles e então, Rangel abriu a minha bolsa e pegou minha caneta, me entregando. Eu o olhei confusa e em questão de segundos, Augusto puxou o ar entre dentes e tocou minha perna de forma sensual me pegando de surpresa. —Dividimos mulheres somente quando entramos em um acordo! - Disse ele fazendo minhas bochechas corar. Eu então o olhei e soltei um riso. —Ah, aquilo! Foi só um devaneio meu. Eu não queria dizer aquilo. - Tentei explicar, mas logo senti meu corpo congelar como resposta, ao ouvir a voz de Rangel bem no meu ouvido. —Será que não? Bom, agora não tem mais volta! - Disse ele me estendendo um papel. —Tá, o que é isso? - Perguntei os olhando confusa. —Um contrato! - Disse Augusto o pegando da mão do irmão me estendendo. — Se sair conosco, será só nossa. Você não pode ficar com mais ninguém além de nós dois. —Terá que nos atender quando pedirmos! - Completou Rangel, ainda cochichando em meu ouvido. —Seja de manhã, de tarde ou de noite. —Não é obrigada a ficar com os dois ao mesmo tempo. Só se estivermos juntos. Só poderá sair com a gente e só fará o que permitirmos. —Tá, estão me fazendo como uma acompanhante de vocês? - Perguntei sentindo Rangel também tocar minha perna e então, os dois se aproximaram mais de mim. —Isso! - Responderam em uníssono, em forma de cochicho. E então, Augusto continuou. —Você não vai sair ilesa. Te colocaremos nas melhores festas, usará as melhores roupas. Tudo por nossa conta. Onde for terá um carro te esperando e te levaremos juntos para as compras uma vez por semana. O que me diz? —É só assinar aqui! - Disse Rangel, me estendendo a caneta. Eu então, peguei a caneta da mão dele e os olhei intercalando meu olhar. —Quando começa se eu assinar isso agora? - Perguntei os vendo sorrir e então, eles responderam em uníssono. —HOJE!O salão estava lotado. Cada rosto refletia felicidade, cada olhar transbordava emoção. Meu coração batia acelerado enquanto eu esperava pelo momento certo de entrar. Quando a música começou, respirei fundo e segurei com mais força no braço de Rangel. Ele me lançou um sorriso encorajador, como se dissesse que estava ali para me apoiar até o fim. E eu sabia que estava. Dei o primeiro passo e senti os olhares se voltarem para mim. Ane estava à minha frente, espalhando pétalas de flores com sua pureza infantil, arrancando sorrisos dos convidados. Meu peito aqueceu ao vê-la tão radiante. Mas foi quando meus olhos encontraram os de Augusto que tudo ao redor perdeu o sentido. Ele estava ali, no altar, me esperando. Os olhos dele estavam marejados, o maxilar travado e os ombros rígidos como se tentasse se controlar. Nunca o vi tão vulnerável. Nunca o vi tão meu. Cada passo que eu dava parecia diminuir a distância entre nós, mas, ao mesmo tempo, fazia o ar ficar mais pesado, carregado
Naquela manhã, acordei sentindo o calor do corpo de Augusto contra o meu. Sua respiração lenta e compassada batia contra meu pescoço, enquanto seu braço forte ainda me envolvia possessivamente, como se tivesse medo de me deixar escapar. Sorri de leve, sentindo o coração aquecer com a cena. Por tanto tempo resistimos, brigamos, nos afastamos… e agora, estávamos ali, juntos novamente. Me mexi devagar, mas antes que pudesse sair da cama, senti Augusto me puxar de volta, seu rosto se enterrando na curva do meu pescoço. — Aonde você pensa que vai? — sua voz saiu rouca, carregada de sono e desejo. — Temos um voo hoje, esqueceu? — sussurrei, me virando para encará-lo. Ele abriu um dos olhos, me estudando com aquele olhar preguiçoso e irresistível. — Podemos perder esse voo… — ele murmurou, deslizando os dedos pela minha cintura e me puxando ainda mais para ele. — Augusto! — Ri, empurrando de leve seu peito, mas sem sucesso. Ele era muito mais forte e simplesmente se aproveitou disso p
Senti meu corpo inteiro tremer ao ouvir aquelas palavras. Eu então, respirei fundo e o encarei. — Você... você tem certeza disso? Ele riu baixinho, balançando a cabeça assentindo. — Luiza, eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. Os olhos dele estavam brilhando, cheios de sentimentos que eu sempre sonhei em ver ali. E então, sem conseguir me segurar, eu o puxei para um beijo. Meus lábios tocaram os dele com urgência, misturando todas as emoções que transbordavam dentro de mim. Eu sentia a respiração de Augusto acelerada contra minha pele, sua ansiedade, sua necessidade. Ele não queria só um beijo. Ele queria certeza. Suas mãos deslizaram para minha cintura, me puxando para mais perto enquanto nossos lábios se moviam em um ritmo profundo. Suas palavras ainda ecoavam dentro de mim, me consumindo. Ele nunca esteve com mais ninguém. Nunca me esqueceu. Assim como eu nunca o esqueci. Quando o ar se fez necessário, nos afastamos apenas o suficiente para que nossos olho
Eu mal tive tempo de reagir. Os lábios de Augusto tomaram os meus com urgência, roubando todo o ar dos meus pulmões. Sua boca era quente, forte, faminta. Minhas mãos apertaram seus ombros instintivamente, como se precisassem de um ponto de equilíbrio para não me perder no turbilhão de sentimentos que me atingiu. Eu deveria afastá-lo. Deveria exigir respostas, brigar por ele ter saído daquele jeito sem dizer nada, por me fazer passar horas remoendo a raiva e o medo de que algo tivesse o acontecido. Mas, ao invés disso, eu cedi. Cedi porque, no fundo, era exatamente disso que eu precisava. Augusto me puxou mais para perto, aprofundando o beijo. Seu gosto era uma mistura de desejo e frustração, um eco silencioso de tudo que ele não conseguia expressar com palavras. Senti suas mãos subindo pelo meu corpo, segurando minha cintura com firmeza e um arrepio percorreu minha espinha. Quando ele finalmente se afastou, seu olhar encontrou o meu de forma intensa e carregado de sentimento
Eu senti meu corpo estremecer com aquelas palavras. O calor do abraço de Augusto era reconfortante, mas suas intenções me assustavam. Eu sabia que ele era capaz de tudo para me proteger, mas eu não queria que ele se sujasse por um verme como David. Respirei fundo me afastando para o olhar e então, vi os olhos de Augusto carregados de ódio. Eu nunca havia o visto daquela forma antes. Ele soltou meu braço se afastando, mas eu o segurei o impedindo. —Augusto, chega! - Falei o vendo me olhar, mostrando confusão e então, ele pressionou o maxilar, mantendo nosso contato. Em seguida, ele olhou para David desacordado no chão e ali pude sentir suas mãos tremerem, não de medo, mas de raiva contida. — Só de pensar que ele pode tentar de atacar, Luiza, eu sinto raiva disso. — A voz dele era grave, carregada de preocupação. — Ele não será capaz. Augusto, mantenha a calma. - Falei segurando a mão dele apertando-a. — Eu já passei por isso uma vez. Eu consegui me reerguer. Não vou mais me esc
Assim que Augusto falou aquilo, o clima pareceu bem pesado e os olhares foram sobre ele. — O que disse, senhor Eisner? —Ainda bem que ela não está com alguém como você. - Repetiu Augusto o olhando diretamente. —Que tipo de animal, pede a mulher para se submeter a isso? Arriscar a própria vida por alguém assim não vale a pena. —Senhor Eisner, está passando dos limites. O senhor não me conhece para dizer algo assim. - Disse David o encarando de volta, porém um sorriso surgiu em seus lábios. —Espero que seja apenas brincadeira. —Eu também espero que seja brincadeira o que acabou de nos contar. - Disse Augusto estendendo o dedo para uma garçonete. —Por favo, me traz uma salada mista! —Sim senhor! - Disse a mulher, se retirando. —Lu, me desculpa, eu não sabia! - Disse Cybele com um olhar de arrependimento. Eu então, sorri e segurei as mãos dela. —Não tem problema, não tinha como você adivinhar isso. - Falei simples, bebericando o suco. Não pude deixar de olhar para David com antipa
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