O salão estava lotado. Cada rosto refletia felicidade, cada olhar transbordava emoção. Meu coração batia acelerado enquanto eu esperava pelo momento certo de entrar.
Quando a música começou, respirei fundo e segurei com mais força no braço de Rangel. Ele me lançou um sorriso encorajador, como se dissesse que estava ali para me apoiar até o fim. E eu sabia que estava.
Dei o primeiro passo e senti os olhares se voltarem para mim. Ane estava à minha frente, espalhando pétalas de flores com sua pureza infantil, arrancando sorrisos dos convidados.
Meu peito aqueceu ao vê-la tão radiante.
Mas foi quando meus olhos encontraram os de Augusto que tudo ao redor perdeu o sentido.
Ele estava ali, no altar, me esperando. Os olhos dele estavam marejados, o maxilar travado e os ombros rígidos como se tentasse se controlar.
Nunca o vi tão vulnerável. Nunca o vi tão meu.
Cada passo que eu dava parecia diminuir a distância entre nós, mas, ao mesmo tempo, fazia o ar ficar mais pesado, carregado