A pergunta de Dante pairou na quietude da oficina, densa e carregada. Qual é o nosso próximo movimento? Pela primeira vez, não era uma pergunta retórica de um homem que já sabia a resposta. Era um pedido genuíno de orientação. Ele havia cedido o comando, entregando o mapa da guerra nas mãos dela.
Helena não respondeu imediatamente. Ela se afastou dele e caminhou até o centro da oficina, até seu bloco de mármore azul. Pousou a mão sobre a pedra fria, sentindo a solidez, a verdade inabalável dela. Aquele era o seu centro, a sua âncora. O caos do mundo de Dante, com suas ex-noivas vingativas e pais tiranos, não podia tocar a verdade da pedra. E era a partir dessa verdade que ela lutaria.
— Antes de mover uma peça, você precisa entender o tabuleiro — disse ela, a voz calma e focada. — E precisa entender a peça do seu oponente.
Ela se virou para encará-lo, a artista transformando-se em estrategista. — O que a Valentina realmente quer, Dante? Você disse que não é dinheiro. Então, o que é? V