Helena olhou para o homem à sua frente, o homem que agora tinha um nome – Dante – e uma história que ele se recusava a compartilhar completamente. A sua oferta de uma trégua, de um dia de honestidade, era a coisa mais sedutora e perigosa que ele já lhe propusera. Sua mente, o seu instinto de sobrevivência, gritava para que ela recusasse, para que se agarrasse à sua raiva como um escudo. Mas seu coração, um traidor exausto pela batalha, ansiava por um único dia de paz.
— Um dia — disse ela, a voz um sussurro, mas as palavras um contrato em si mesmas. — Sem jogos. Apenas hoje.
Um alívio quase imperceptível suavizou a tensão nos ombros de Dante. Ele assentiu.
— Apenas hoje.
E, como se uma chave tivesse sido girada, a atmosfera mudou. O dia que se seguiu foi surreal, uma pintura de um "e se" que Helena nunca ousara imaginar. Passaram a maior parte do tempo na área da piscina e no deck, o mundo exterior reduzido ao som do oceano e ao voo ocasional de uma arara colorida.
A conversa fluía de