Helena despertou lentamente, emergindo de um sono profundo e sem sonhos, o primeiro em muitos meses. A consciência veio em ondas: primeiro, o conforto de lençóis macios e o cheiro fresco do oceano; depois, o calor sólido de um corpo pressionado contra o seu. Um braço pesado e musculoso estava jogado sobre sua cintura, prendendo-a de forma possessiva, mas estranhamente reconfortante.
As memórias da noite anterior caíram sobre ela como uma avalanche. O beijo na água, a caminhada de volta, a rendição silenciosa, a paixão que a consumira. Um calor subiu por seu pescoço, uma mistura de vergonha e do eco fantasma do prazer. Ela estava na cama dele. Nua. Em seus braços.
Ela abriu os olhos com cuidado. A luz da manhã filtrava-se suavemente pelo quarto. O rosto de Dante estava a centímetros do seu, relaxado no sono. As feições que pareciam tão duras e controladas quando ele estava acordado, agora revelavam uma vulnerabilidade que a deixou sem fôlego. Os lábios que a haviam devorado com tanta f