237. Nunca Consegui Desistir
Observo Lorenzo contar meus tiros com um sorriso satisfeito, como se fosse ele quem estivesse acertando o alvo.
Não sei se isso se deve ao fato de estarmos aqui há umas quatro horas, ou se ele realmente está feliz com minha dedicação.
— Oito — ele diz, vendo meu último tiro acertar próximo ao centro do alvo. — Mais dois e você ganha seu prêmio.
— Estou começando a suspeitar que você está dificultando de propósito — digo, recarregando a arma do jeito que ele me ensinou.
— Eu? — finge inocência, mas o sorriso malicioso o entrega. — Jamais faria isso.
— Claro que não — rebato, ajustando a mira. — Coincidência que nos últimos três tiros você tenha “endireitado” minha postura de formas cada vez mais… distraídas.
— Se você está se distraindo, ragazza, talvez precise de mais prática de concentração — ele se posiciona atrás de mim novamente, cobrindo minhas mãos com as dele.
— Lorenzo… — repreendo, tentando manter o foco.
— Só estou ajudando — sussurra perto do meu ouvido, fazendo min