195. Química Escondida Sob o Ódio
Voltamos para a empresa uma hora depois, e, assim que entro na sala, Lorenzo levanta os olhos imediatamente.
— Como foi o café? — pergunta, deixando a caneta de lado. — Sua mãe desconfiou de algo?
— Não, ela não desconfiou — respondo, me sentando na minha mesa. — Ela teve certeza.
Ele solta uma risada baixa, se inclina na cadeira e cruza os braços, claramente se divertindo.
— E mesmo assim você está viva? Considerando que sua mãe é uma Bianchi, estou impressionado.
— Ela disse que sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde — murmuro, organizando alguns papéis só para ter o que fazer com as mãos. — Que tinha “química escondida sob o ódio”. Palavras dela, não minhas.
— Sua mãe é inteligente.
— Até demais.
— E você contou tudo o que fizemos nesse final de semana?
— Claro que não! — exclamo, horrorizada. — Só admiti que…
Paro de falar imediatamente. Nem ferrando que vou assumir o que estou sentindo. Mas ele, claro, não parece nada satisfeito.
— Que…? — ele insiste quando percebe