196. Regras e Limites
Meu coração, que estava acelerado de expectativa, despenca quando vejo quem está do outro lado da porta.
Meu irmão está parado, com as mãos nos bolsos e um sorriso malicioso que conheço bem demais, e que sempre significa problemas. Para mim.
— Não era quem você esperava, né? — ele comenta, claramente se divertindo com minha cara de surpresa. — Pela sua cara, aposto que você estava esperando alguém bem específico.
— O que você está fazendo aqui, Pietro? — pergunto, tentando esconder o nervosismo na voz.
— Vim buscar meu celular — ele explica, entrando no apartamento sem nem esperar permissão. — Esqueci aqui no fim de semana, quando… interrompi sua noite romântica.
Sinto meu rosto esquentar só de lembrar. Pietro caminha pela sala como se fosse dono do lugar, enquanto procura o aparelho.
— Por que não veio buscar antes? — pergunto, fechando a porta e tentando parecer casual.
— Porque minha irmãzinha querida sumiu do mapa o fim de semana inteiro — responde, revirando as almofadas do sofá.