148. Nosso Refúgio
Acordo com a sensação de que dormi por uma semana inteira.
A luz do sol entra suavemente pelas cortinas e, pela primeira vez em semanas, não sinto aquela preocupação que costumava me fazer abrir os olhos de repente.
Não há urgência. Não há medo. Não há drama esperando para explodir.
Apenas… paz.
Ettore ainda dorme ao meu lado, um braço protetor sobre minha cintura, a respiração calma e tranquila.
Observo seu rosto relaxado, sem as linhas de tensão que se tornaram constantes nos últimos dias.
Ontem foi… intenso. Um dia que, sem dúvidas, mudou nossas vidas. Mas, felizmente, o furacão passou.
Passo a mão instintivamente sobre a barriga, sorrindo. Agora é só paz e amor.
— Bom dia, bambino — sussurro baixinho. — Ontem foi um dia importante para você também, não foi?
— Está falando com o nosso bebê? — A voz rouca de Ettore me faz sorrir.
— Estou — respondo, me virando para encará-lo. — Bom dia, amore mio.
— Bom dia, piccola — ele sorri, beijando minha testa. — Como você se sente